terça-feira, 5 de agosto de 2014

APENAS LÁGRIMAS


Que brilho é esse que em seu rosto escorre?
Não podes, apenas, olhar-me?
Outrora em meus braços dorme
Hoje em teu ser queres parar-me

Maldita razão, contraste inefável
Pura discordância do sentir
Que em meus olhos ver-te amável
E em minh'alma ver-te partir

Então, que brilho é esse que migra de teu olhar?
Dar-me uma resposta sem demora
Não quero-te assim, ao ermo caída

Sussurrando o sofrer de agora
Quero-te, sim, curada da ferida
Após o meu inevitável calar

Autor: Fabiano Fernando
Recife, 05 de Agosto de 2014

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